1º PROLOGO; O INVASOR

Data; 10 de setembro de 1790o.

A neve caia com graça por sobre o santuário em meio a aquela manhã de verão, trazendo um mau presságio a todos aqueles que treinavam junto ao vasto coliseu, assim como junto aos limites da localidade. Não houve aspirante ou que não parou seus afazeres unicamente para vislumbrar aquele amontoado de flocos brancos que agora caía por sobre suas cabeças, como se sempre estivesse ali presente. Ao horizonte uma cosmo energia repleta em ira agora se aproximava, se opondo até mesmo a de Nick que se encontrava ao cume das doze casas, orando aos pés da estátua pertencente a Athena por proteção para junto do santuário. Todos os guerreiros tinham ciência de que logo Hades despertaria para então travar mais uma Guerra Santa, porém os eventos climáticos que agora recaiam sobre aquela terra não eram trazidos por esse tão macabro deus, nem mesmo Athena se encontrava presente para tão devastador embate, então o que seria aquilo? Muitos ousavam se perguntar.

O sol então fora coberto por um amontoado estranho de nuvens escuras que trouxeram consigo um forte e gélido vendaval. Com vigor agora os antes belos flocos de neve caiam, recobrindo o chão arenoso pertencente ao santuário. Ao cume do relógio de fogo a imponente visão de um inimigo fora então visível a todos aqueles que desejassem este olhar. Um guerreiro que vestia trajes semelhantes a uma armadura escura, e por sobre ele uma digna e vistosa capa de pele ao qual outrora fora um imponente urso polar.

Fora o cavaleiro de altar aquele que dera o primeiro movimento ofensivo para contra o inimigo que permanecia a fitar com atenção a estátua imponente existente ao topo das doze casas, mas seu movimento cósmico em nada surtirá qualquer efeito para contra o intruso que rapidamente repeliu o ataque emanando uma energia cósmica gélida que eclodiu em todas as direções, congelando completamente na ação o relógio e o cavaleiro atacante. — Pobre homem tolo. — Disse o intruso pela primeira vez, observando com pena junto ao olhar aquele que agora nada mais fora do que uma reles imagem mal feita em cristais de gelo. — Assim como esse homem, a terra também terá seu fim em gelo, e mais uma vez Asgard renascerá em vida. Meu povo não mais se escondera junto ao deserto branco europeu. — Suas palavras foram então surpreendidas pelas labaredas azuladas que vieram de entre as doze casas, dispostas a consumir tudo até suas cinzas. No ato até mesmo o relógio cedeu em destroços. — Homem tolo? — Rugiu o leão em questionamento pará contra o intruso que teve sua capa consumida pelas chamas azuis invocadas por seus punhos dourados.

— Acha mesmo que seu calor pode transpor meu frio, bichano? — Rebateu o intruso, voltando sua atenção para o dourado que se aproximou com uma velocidade digna das estórias contadas a muito sobre os guerreiros mais fortes a serviço de deusa Athena. Seus dedos então deslizaram num furtivo movimento que parecia querer cortar o ar a sua frente, voltando para contra o leão uma massiva quantidade de ar congelante capaz de congelar até mesmo uma grande quantidade de magma fervente. Antes mesmo que o leão pudesse invocar suas calorosas chamas, o ar já se encontrava a sobrepujar seu corpo, porém antes que este pudesse pôr fim ao corpo do cavaleiro este fora envolto em uma massa cósmica dourada que ousava sobrepor até mesmo o cosmo do leão. — Tenha mais calma Durand. — Disse o loiro trajado em dourado alguns passos atrás do guerreiro, protegendo-os. — Ele é meu Soren. — Rebateu o rapaz.

— Seu? — Questionou o intruso junto a uma longa e notável risada. — Não vim para batalhar com insetos. — Prosseguiu, agora deixando seu corpo suspenso no ar unicamente para comprovar sua visível imponência. — Sou um presságio, um presságio de morte para aquela falsa deusa que ora omissa por suas pobres e miseráveis vidas. — As nuvens então escureceram o céu ainda mais, fazendo com que o dia em muito se assemelha-se com as noites sem lua e estrelas. — Um presságio de que o mundo, de que a vida além de asgard terá por fim seu crepúsculo para então Odin trazer um novo alvorecer a este mundo. Vocês sentirão o inferno de gelo sobre suas peles. — Antes mesmo que qualquer um dos dourados pudesse questionar ou se opor ao intruso, este se desfez em nada, desaparecendo, não deixando qualquer resquício de sua existência que pudesse comprovar sua estada ali. O céu então se abriu em um radiante dia de verão, e apenas o corpo congelado de altar permaneceu presente para confirmar que nada ali fora um simples sonho. Uma dura batalha se aproximava, uma batalha que exigiria coragem dos guerreiro da justiça.